terça-feira, 21 de julho de 2015

Pra não dizer que não falei dos espetinhos

TODO MUNDO que sabe que moro na China pergunta: Já comeu besouro/barata/grilo/qualquer uma dessas coisas exóticas???? Você encontra os espetinhos em cada esquina? A maioria dos chineses come de boa?

As respostas: Ainda não comi (nem estou com muita pressa) e a verdade é que esse tipo de "especiaria" não é comum e decididamente não se vê em cada esquina, pelo menos não aqui em Xangai. Aliás, quando fui numa famosa feira gastronômica em Pequim, super conhecida por ter esses espetinhos digamos "pouco convencionais", tive a nítida sensação de que a maioria dos chineses que estavam lá estava bemmmmm mais interessada em tirar fotos do que comer (exatamente como eu!).

Falando em fotos...










 

Acho que, nos grandes centros chineses, esses espetinhos acabaram se tornando bem mais um filão turístico que um componente da vida cotidiana. A galera vai nas feiras, compra espetinho, tira foto, faz vídeo e ainda compra um milhão de quinquilharias vendidas nos camelôs estrategicamente coladinhos nas barraquinhas gastronômicas.


A minha impressão sobre o lugar??? É clichê, lotado, o cheiro te tira totalmente a vontade de comer qualquer espetinho de qualquer coisa pro resto da sua vida, mas vale a visita. É uma imersão meio surreal num outro mundo (meio fedido mas) colorido, meio mágico e absolutamente arrebatador.




Quer um bônus?


OBS: A feirinha das fotos é a Wangfujing Snack Street (mais informações, outras opiniões, endereço, etc etc etc, busquemos o bom e velho Trip http://www.tripadvisor.com.br/Restaurant_Review-g294212-d1205814-Reviews-Wangfujing_Snack_Street-Beijing.html)

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Mais um happy hour

Já deu pra notar que a pessoa aqui adora happy hour né? Curto mesmo! Fim de tarde é um momento do dia que eu adoro. Essa coisa de ser dia e noite também, de ser fim mas também ser começo. Esse ar de descontração de quem tá relaxando depois de um dia cansativo, enquanto na mesa ao lado alguém tá só esquentando pra noite que tá começando. Enfim, acho um barato o fato dessas múltiplas perspectivas terem em comum a vontade de conversar, beber, comer, se divertir.

Então, ontem fomos fazer um happy hour no Outback. Chegamos cedo, por volta das 17h30 e estava suuuuuper vazio. Delícia! Atendimento exclusivo, rápido e eficiente.

O lugar é uma graça, com uma decoração sóbria e de bom gosto, tem área externa (ponto super positivo), a playlist é bacana e fica em frente a uma estação de metrô.

Pedimos a clássica cebola (menor do que a servida no Brasil e surpreendentemente nada picante), por R$30, o mesmo preço da batata com bacon e queijo (não recomendo). Pedimos também a costela (que aqui é de vaca) por R$80 (serve uma pessoa só e tava boa) e um dos 2 burgers da casa (não lembro o nome, mas é o mais caro, R$45). Não comemos as tradicionais carnes, estávamos numa vibe mesmo de beliscar umas comidinhas enquanto conversávamos e curtíamos uma draft Carlsberg que (esta sim) estava divina (gelada no ponto, cremosa e consistente mas, ao mesmo tempo, bem leve).




Opinião geral: vale super à pena! O lugar é legal, comemos bem, bebemos super bem, pagamos mais ou menos o de costume aqui e fomos muito bem atendidos.

Logística: Estação de metrô Dapuqiao, linha 9. Se você só for usar o metrô na volta, a dica é que a estação não tem nenhuma sinalização. Você olha de fora e parece a entrada de um estacionamento, chega mais perto e vê que é um centro comercial, mas é só ir descendo até o último piso e voilà.

Outra dica é que tem um supermercado nesse centro comercial onde encontramos produtos ocidentais. Nada de incrível, preços altos, mas sempre dá pra achar alguma coisa interessante.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Hospital Internacional em Xangai

Ontem, pela primeira vez, precisamos procurar um médico aqui em Xangai. Nada de grave! Fomos a um dermatologista, mas deu pra testar como são os procedimentos do plano de saúde, atendimento, estrutura, essas coisas. E, como esperado, tudo funciona muito bem obrigada, mas tem lá seus custos.

Fomos ao Shanghai East International Medical Center (150 Jimo Rd, Pudong, Shanghai, China - tel +86 21 5879 9999).


A entrada pro setor internacional é lá no cantinho, depois da lanchonete.


Essa parede com a placa é meio tosquinha né? Aí, por um segundo, você esquece que está em Xangai e pensa que o hospital é pequeno, sem muita estrutura. Mas é só um segundo, porque quando você passa pela porta, ao invés de ver aquela cena típica de entrada de hospital, dá de cara com algo muito mais parecido com um centro comercial ou um shopping. 


Pra encontrar o setor internacional é bem fácil, olhe pro chão! A partir da porta de entrada você vai ver várias setinhas pintadas no chão indicando o caminho.

O atendimento é ótimo. A médica nos atendeu pontualmente. O que faz qualquer brasileiro tomar um baita susto! (Não sei nas outras partes do Brasil, mas eu já morei no Rio, em Minas e no Ceará e NUNCA fui atendida na hora marcada por qualquer médico.)

A consulta foi muito tranquila. A médica falava um inglês bem tranquilo de entender, o que nem sempre acontece aqui. Foi super atenciosa, profissional e simpática. Receitou uns cremes e marcou uma revisão pra daqui a duas semanas. 

As más notícias? Nosso plano não cobriu o atendimento por entender que é questão estética, e não de saúde. Pagamos aproximadamente R$600 na consulta e aqui a revisão não é de graça, portanto, teremos que pagar a próxima consulta também.

Ao menos, tivemos a grata surpresa de ver que podíamos comprar os cremes na farmácia do próprio hospital por (pasmem!) R$40. Qualquer pessoa que tenha tido algum problema dermatológico sabe o quanto esse preço é barato!

Saldo do dia: o mesmo de sempre. Aqui você é atendido com extrema eficiência desde que possa pagar o custo disso. 

Obs1: Marcamos a consulta, por telefone, com uma antecedência de 4 dias. 
Obs2: As fotos ficaram péssimas, especialmente a do interior do hospital (é bem mais bacana do que parece na foto)! Na pressa, acabei não checando a qualidade das fotos na hora em que tirei e só vi isso em casa. 

terça-feira, 23 de junho de 2015

Muralha da China - Mutianyu

Semana passada fomos a Pequim. Confesso que estava esperando ansiosamente por essa viagem e foi incrível! Te digo, sem dúvidas, que Pequim entrou no meu top 5 de cidades que todo viajante de carteirinha TEM que conhecer! Tá percebendo a euforia da pessoa né?

Foi uma trip curtinha, mas com roteiro frenético. Vou postando cada um dos lugares. Mas, uma coisa precisa ser dita:

Eu conheci a Muralha da China! Só alguém que ame viajar pode entender o quanto isso é significativo! Sério, ainda estou sob o impacto daquele lugar.



Escolhemos Mutianyu, por ser menos cheia que Badaling, mas ter uma estrutura bacana, o que significa, entre outras coisas, ter teleférico. (Subir a Muralha andando num calor de 35 graus decididamente não estava nos nossos planos.)

Fomos até Mutianyu de carro. Alugamos o carro com motorista no próprio hotel por R$300. Ele nos pegou na porta do hotel às 7h e na volta nos deixou na Cidade Proibida (às 14h).

Uma opção mais barata é contratar um passeio com guia em grupos. Há diversas empresas que prestam esse serviço e com certeza no próprio hotel vão te oferecer. Mas a gente queria visitar a Muralha no nosso tempo, com calma, o que não combinava muito com 20 pessoas falando alto, tirando fotos e tudo mais que vem no pacote turístico.

Enfim, de carro, ônibus ou de balão, se você vem pra China, você precisa ir à Muralha!

Lógico que uma muralha nunca é um lugar leve, good vibe. Essa especialmente. Esses muros custaram incontáveis vidas. Mas o fato é que esse é um lugar incrível, um lugar que te joga na cara o quanto somos pequenos, mas também te lembra do que somos capazes.













Obs1: Aviso aos navegantes, eu (que tenho medo até de elevador panorâmico) desci a Muralha da China de tobogã. Sabe carrinho de rolimã? Imagina um desses numa pista tipo aquelas de toboaguá em plena Muralha da China. Surreal né? Pois é! (Fotos???? Não rolou! Fotografias são proibidas e, na verdade, eu não teria tirado se pudesse, estava concentrada demais no freio do meu carrinho...kkkkkkk)

Obs2: Quer ir à Muralha de transporte público???? Dá uma olhada no post da Adriana, do blog "Dri everywhere" (http://drieverywhere.net/2012/05/09/guia-passo-a-passo-pra-visitar-a-muralha-da-china-por-conta-propria/#comment-111283)

terça-feira, 2 de junho de 2015

Qibao - Ancient Town

No último domingo finalmente fui conhecer uma "ancient town"! Há algumas opções perto de Xangai, mas escolhi Qibao, por ser dentro da cidade, ou seja dá pra ir de metrô e fazer o passeio em uma tarde ou manhã.


E aí? Vale a ida? Com certeza! Mas só se você não estiver procurando glamour e já tiver entendido que na China (especialmente) não dá pra ir pros lugares levando só em conta as fotos do google imagens. Aqui, em geral, os pontos turísticos são cheios (muito cheios!) e muitas vezes não são tão bem cuidados (o que pode dar um ar meio decadente, principalmente aos lugares mais antigos). Se você tiver tranquilo quanto a isso e curioso pra entender esse país tão incrível, aí sim você vai curtir o passeio!

A entrada de Qibao é um portal que te faz começar a imaginar como era essa ancient town há muitos e muitos anos.


Passando pelo portal, você chega nessa praça onde já vai rolar a primeira foto. Aposto!



Aí pronto, só seguir em frente, atravessar a ponte e você já cai na rua principal e mais lotada de Qibao. 


É uma ruazinha estreita, com lojinhas dos dois lados. Você entra ali no meio daquele mundo de gente e vai seguindo o fluxo e se embriagando com o cheiro forte daquelas comidas todas.






Mas, depois desse caos todo, aconselho que você percorra a beira do rio em direção ao templo. A minha impressão foi a de ir do caos ao paraíso em 5 minutos (o que, aliás, é a cara de Xangai).




(Vou ficar devendo foto do templo, mas estando na beira do rio é bem fácil encontrá-lo.)

O detalhe fofo é que essa região é cheia de lojinhas onde as meninas chinesas são vestidas e maquiadas pra tirar foto na beira do rio. Brega???? Eu achei uma graça!


Quanto aos pontos turísticos, fomos primeiro conhecer o Cricket Hall, que é um lugar de luta de grilos, uma tradição chinesa, principalmente em Qibao. Só que, durante a nossa visita, não vimos nada! O único lugar aberto à visitação era uma sala cheia de grilos conservados em formol. Não conseguimos ver nem luta, nem o lugar onde eles são criados. Na verdade, nem um grilo vivo tinha lá! Nem preciso dizer que também não tinha uma viva alma que falasse inglês pra dar informação.  

O passeio foi tão desanimador que desistimos de entrar nas outras atrações e ficamos só vagando pelas ruazinhas paralelas à principal. Elas são sujas e sem estrutura, mas interessantes e cheias de lojinhas vendendo as mais diversas coisas.



Resumindo, a tarde de domingo em Qibao foi uma delícia! Voltamos pra casa com os pés doendo de tanto andar e de sorriso no rosto!

Logística:

Metrô: Estação Qibao (linha 9)
Saindo da estação vai pra direita que você já vai ver a placa indicando o caminho. Vai andando pela calçada do metrô, vire a primeira à direita e depois a primeira à esquerda. Ande um pouquinho e você já estará no portão de Qibao.

Obs: A sinalização em Qibao não é das melhores então vai um mapinha do lugar pra você (tentar) se localizar melhor.


sexta-feira, 22 de maio de 2015

Um ótimo happy hour em Xangai

Sabe happy hour descontraído? Bar em lugar aberto, cerveja boa, vista bacana, grupos de amigos bebendo e comendo (mais bebendo que comendo)? A Paulaner na beira do Rio é uma ótima opção!


Confesso que cheguei sem esperar muito, mas, mesmo comparando com as cervejarias grandes em que já fui, como a HB de Munique e Berlim, a Delirium de Bruxelas e a Paulaner de Munique, a Paulaner de Xangai não fez feio! A cerveja dispensa apresentações, a comida é de qualidade e o lugar é uma graça! 

(Essa mais clarinha da frente é a radler. Pra quem não é muito apreciador de cerveja ou gosta de opções mais leves vale provar. Eu adoro!)

Massss, não é o melhor lugar pra ir num dia de muita "sede"! Pagamos aproximadamente R$75,00 na caneca de 1 litro e R$40,00 na de meio litro. Já o preço da comida achei bem razoável, um combinado de comida alemã (da pra dividir entre 3 pessoas na boa ou duas se a fome for negra!) saiu por R$130,00. Mas o que comemos de melhor lá foi mesmo o joelho de porco. É sempre a minha escolha quando vou a restaurantes alemãs e esse estava de comer rezando!

Enfim, comemos e bebemos muito bem e ganhamos de brinde essa vista linda do rio.



Aconselho exatamente o que fizemos, escolher um dia de céu aberto e chegar lá perto do fim da tarde pra pegar o entardecer na beira do rio. Na hora de ir embora, ainda da pra curtir a vista noturna do Bund.


Endereço: No. 2967 Binjiang Avenue, Pudong New Area, Shanghai
Metrô: Estação Lujiazui (linha 2)

Dica: Talvez tenha uma estação mais perto, mas é uma boa opção sair na estação Lujiazui, passear naquela área e ir a pé pra Paulaner (menos de 10 minutos de caminhada, andando devagar). Da pra cumular com uma visita a Oriental Pearl Tower tranquilamente.

domingo, 10 de maio de 2015

Arroz sem feijão

Logo na primeira vez em que fui a um supermercado chinês já comecei a procurar as opções de arroz. Sabia que o arroz fazia parte da culinária chinesa e achei que seria fácil encontrar um semelhante ao nosso aqui. Pois é, encontrei. Mas, já aprendi que ser semelhante não quer dizer ser bom e que o único jeito de saber é provando. E foi o que fiz.

A primeira tentativa foi com um arroz que vende a granel no Carrefour. Se era pra experimentar, por que não começar por uma opção barata né? Fon fon fon... tiro n'água! Só o cheiro do arroz me deixava enjoada. Fazendo do mesmo modo que nós fazemos o arroz no Brasil, esse daqui ficava molengo e grudado. Decididamente não foi uma boa opção.

A segunda tentativa foi um arroz mais caro. Até que foi melhor que o primeiro, mas longe, muito longe de me dar realmente vontade de comer. Preferi parar de comer arroz. (Meu lema é se comer engorda, então quero engordar por uma coisa que valha à pena!

Quando eu já tinha desistido de procurar, uma boa alma indicou pro meu marido o arroz tailandês. Bingo! Achamos essa marca da foto no supermercado perto de casa e fica bem parecido com o arroz brasileiro. Parecido o suficiente pra fazer voltar minha vontade de comer arroz!


E o feijão? Por enquanto só achei duas opções, feijão enlatado e o vendido a granel, que foi a minha escolha pra tentar primeiro. Comprei, passei um tempão cozinhando (porque a pessoa aqui tem medo de panela de pressão), temperei com alho, cebola e sal e, no final, o feijão ficou meio ADOCICADO. Imagina um feijão doce! Parece um horror né? E é!  

Confesso que ainda estou meio traumatizada. Ainda não deu vontade de tentar outro. Por enquanto, estou muito feliz com meu arroz tailandês sem feijão (e sem surpresas desagradáveis)